Como posicionar a governança de forma estratégica na sua organização? 

Dica: comece pelas atitudes da liderança.

Por: Márcio Medeiros

13 de março, 2024

Homem de pé à direita observando a cidade do alto. Representação de liderança e governança.
Créditos: Freepik

O papel do executivo responsável pela gestão de uma EFPC, plano ou seguro de saúde, na maior parte das instituições, abrange aspectos de gestão de pessoas, gestão financeira, comunicação, tesouraria, tecnologia da informação, contabilidade, logística e patrimônio, além da capacidade fomentar a inovação e de conectar e dar suporte às demais áreas da organização. 

É uma atuação ampla,  com assuntos que grande parte dos executivos não domina, ou tem lacunas a serem preenchidas para que tomem  decisões realmente  estratégicas na organização. Em algumas instituições isso fica centrado no Presidente, Diretor Executivo ou Diretor-Superintendente. 

Normalmente o glamour é destinado ao Diretor de Investimento ou Diretor de Seguridade/Previdência, mas cabe  a esse executivo garantir os recursos para os processos de investimentos, seguridade, atuária e toda interação do participante com a entidade. 

São poucas as entidades que contam com um profissional com o perfil necessário às atuais demandas de uma EFPC, plano e seguro de saúde. O que ocorre com grande regularidade é a escolha desse profissional com base unicamente no seu tempo de experiência de trabalho anterior, sem considerar todas as hard e soft skills necessárias ao momento e contexto da organização.

Dentre as principais características e capacidades deste executivo estão: visão sistêmica, gestão estratégica, negociação, boa comunicação e oratória, gestão de projetos, fomento à inovação, além de desejável expertise específica no segmento.

Entretanto, o mercado de seleção das EFPC, planos e seguros de saúde de forma geral tem valorizado quase exclusivamente a experiência anterior, sem avaliar de forma criteriosa as competências técnicas dos profissionais e suas as aptidões pessoais e comportamentais.

Assim, na busca por um perfil inovador, que lidere a transformação e a modernização da organização, provavelmente serão descartados vários profissionais, inclusive de outros segmentos, que poderiam trazer uma nova visão, novas experiências ou boas práticas de atuação de outras indústrias.

Por outro lado, os executivos atualmente em exercício precisam compreender a evolução das demandas e capacitar-se para apresentar soluções criativas, o que deve surgir de uma experiência além da técnica. Daí a necessidade  da visão sistêmica e do desenvolvimento das já abordadas  soft skills.

  1. Envolva o time com o propósito, estratégia e metas da organização

Todos nós queremos que todo mundo se engaje no processo. Para isso, é necessária uma comunicação clara, fluida e leve. Quando houver compreensão do propósito e engajamento, as pessoas contribuem por se sentirem responsáveis e ficam à vontade para auxiliar na construção e execução da estratégia. Outro ponto importante é a escolha das pessoas certas para cada tarefa, extraindo o melhor de cada um.

Os resultados são alcançados quando há sinergia de liderança forte, propósito e equipe engajada. O processo pode ser redesenhado, reconstruído ou aperfeiçoado, mas são as lideranças e as pessoas que fazem a diferença.

  1. Preste conta do status de projetos e ações em relatórios executivos claros, com foco em metas e indicadores

Ao avaliar as histórias dos bons resultados, é possível compreender as ações de conduta interna e as de mercado que impactaram esses números, aprimorando, e muito, o nível das discussões sobre a definição dos próximos passos. É o momento de decidir se é necessário rever a estratégia ou reformular  projetos e ações em razão de resultados abaixo do planejado.

É importante que um executivo desenvolva capacidades para orientar a produção de um relatório executivo em padrão “storytelling”, afinal uma demonstração pura e simples dos números segundo os padrões gerenciais, econômicos, atuariais e contábeis antigos é apenas uma fotografia da situação da entidade em determinado período ou exercício.

O diferencial está em saber formatar esses números para os conselhos e os gestores. Esse papel é esperado de um executivo contemporâneo.Consulte este eBook para aprimorar as apresentações executivas para alta administração, que inclui dicas valiosas sobre como deve acontecer a preparação da reunião, questões gráficas e ritos.

  1. Antes de escrever os relatórios, certifique-se da confiabilidade  dos dados

Quando se trata de resultados, o mais importante é compreender sua causa e não somente o resultado em si. É importante compreender se os projetos e ações em desenvolvimento estão sendo efetivos para que se chegue ao resultado planejado. Para isso, a análise das causas deve ser altamente criteriosa  e não se concentrar somente na consequência. Antes dos resultados serem apresentados são necessárias revisões exaustivas para que todos os números estejam absolutamente conferidos.

A confiabilidade dos números é fundamental. Antes de partir para análises mais sofisticadas e de impacto nas decisões, é preciso ter certeza de que os números, de fato, apresentam a realidade. Para tanto, deve-se considerar inclusive o papel da auditoria independente, que é de extrema importância nesse processo. Além de trazer uma visão independente sobre os números, ela reforça o compromisso da empresa com a transparência, algo imprescindível às dinâmicas de mercado.

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