Governança tecnológica em fundos de pensão

A importância da tecnologia para a tomada de decisão e tendências globais

Por: Mauricio Coutinho

2 de agosto, 2024

As EFPCs desempenham um papel crucial na segurança financeira e bem-estar dos beneficiários, gerenciando ativos significativos que sustentam os compromissos de longo prazo. No entanto, para otimizar suas operações diárias e garantir eficiência, é sabido que essas instituições devem adotar sistemas de gestão integrados, como os Sistemas Integrados de Gestão Empresarial (ERP). Mais ainda, a governança dessas entidades deve ir além do entendimento tradicional de finanças e abraçar uma compreensão profunda das tendências tecnológicas globais e, assim, ser capaz de decidir quais inovações são mais adequadas aos objetivos específicos da entidade.

Tecnologia a serviço da gestão

Os processos operacionais de um fundo de pensão são intrinsecamente complexos, envolvendo a gestão de investimentos, relacionamento com o participante, cálculos atuariais, administração de benefícios e conformidade regulatória. 

Um ERP pode integrar essas operações, proporcionando eficiência, transparência e redução de erros. Entretanto, a escolha do sistema ideal requer uma governança que compreenda não apenas as nuances financeiras, mas também as demandas tecnológicas emergentes que podem afetar diretamente o custo operacional da entidade, afetando assim, seus participantes.

A tomada de decisões nas EFPCs vai além das tradicionais análises de mercado. Os líderes dessas instituições devem entender como inteligência artificial, análise de big data e automação podem ser usadas como ferramentas e incorporadas para otimizar a alocação de ativos, prever tendências do mercado, melhorar a gestão de riscos e implementar processos operacionais mais inteligentes e automatizados. 

O cenário financeiro global está em constante evolução, impulsionado por avanços tecnológicos. A compreensão das tendências tecnológicas possibilita a identificação de oportunidades e a mitigação de desafios antes que impactem significativamente os ativos sob gestão. Atualmente, este processo de mudança ainda é lento e caro para a operação, pois envolve muitas áreas afetadas que têm diferentes objetivos naquele intervalo de tempo da tomada de decisão.

Outro ponto importante é a segurança cibernética e a conformidade regulatória, que são preocupações críticas para as EFPCs, que lidam com informações sensíveis e estão sujeitas a regulamentações rigorosas. 

Uma governança tecnológica eficaz é essencial para a implementação de práticas de segurança robustas, bem como para garantir a conformidade contínua com normas e regulamentos em constante mudança.

As EFPCs que adotarem proativamente tecnologias inovadoras passam a ter relevante vantagem competitiva. A governança também deve ser capaz de fomentar uma cultura de inovação que permita a adoção contínua de tecnologias emergentes para melhorar a eficácia operacional e a entrega de valor aos beneficiários.

Em resumo, a formação de um corpo dirigente com o conhecimento necessário, tanto técnico quanto tecnológico, otimiza as operações diárias por meio da implementação de sistemas de gestão mais eficientes, e também capacita a instituição a tomar decisões informadas, se adaptar às mudanças do mercado, garantir segurança e conformidade, e conquistar uma vantagem competitiva por meio da inovação

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